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Deixe-se em paz

Eu não me deixo em paz. Quero tudo, quero tanto que de vez em quando me perco nessa maré de palavras e sonhos que sou. É confuso, mas colorido. Não fico mais tentando ser tão linear ou compreensível, nem mesmo para mim. A vida não é, porque eu teria de ser? Sigo não me deixando em paz, mas aprendi a ter sossego no caos. Esse oceano de emoções que me habita sempre tem tanto a me dizer, é interessante observar as nuances.

O que o seu oceano lhe diz? Você consegue se deixar em paz? Apreciar a vista? Contemplar as coisas que lhe habitam com a aceitação de se saber quem é?

Se eu puder lhe sugerir algo, sugiro que se deixe em paz nas cobranças excessivas e nos desejos desnecessários que abarrotam a mente quando permitimos. Mas que não se deixe em paz no buscar aquilo que lhe abrilhanta a caminhada, que lhe dá um alento, traz um tipo de “sossego de alma”, como se toda a calma morasse em seu olhar. Que você encontre em si esse lugar onde não há mais tanta pressa, mas também não se fica parado. Onde, aceitando quem é, você consegue mudar o que acha que precisa. Onde há tanta beleza no caos que não há porque acalmar as marés.

Não se deixe em paz no sentido de abandono de si mesmo, mas tenha mais afeto ao se olhar. Ficar em paz não tem a ver só com a vida fora, mas muito com a vida dentro.

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