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Desistindo das coisas que quer fazer?

Houve um tempo em que a escrita era a minha forma de curar as dores da alma. Sempre adorei escrever e fazia isso como uma forma de exorcizar os fantasmas que habitavam os meus porões, se é que você me entende. Depois de um tempo a escrita virou minha forma de compartilhar coisas que eu percebia na caminhada da vida e que, talvez, servissem para alguma outra pessoa também.

Comecei a compartilhar essas reflexões escritas em um blog, hoje já extinto. Depois escrevi um blog de humor, em parceria com duas amigas muito queridas, eu adorava! Nele eu podia explorar a minha mania de rir dos meus momentos mais trágicos, como a vez em que um passarinho me atacou em plena praça, ou quando fui atropelada por um rapaz de bicicleta (voei longe).

Parei com tudo isso e hoje escrevo aqui e nas redes sociais, dentro da minha profissão, mas buscando dividir o pouco que aprendi (ou vivi) e que acho que pode ser útil, de alguma forma. Mas o que quero dizer hoje nem é isso. É sobre as muitas vezes em que quase parei de fazer isso porque, aos olhos dos outros, não devia ser feito.

Quantas coisas você já deixou de fazer porque alguém achou que você não deveria? Que você não tinha dom? Que não sabia? Não levava jeito? Quantas coisas VOCÊ deixou de fazer porque a voz dos outros ou a sua voz interna, cheia de críticas e limitações, parou você?

Quantas vezes você já disse para si mesmo que deveria “se recolher à sua insignificância” e ficar quieto no seu canto? Que outra pessoa faria melhor?

Você precisa, assim como eu precisei, aprender a calar estas vozes. Ou melhor, calar nem é o termo. Você precisa aprender a ignorar e responder cada uma dessas frases. Trocar por um pensamento mais realista. Mesmo na época em que eu escrevia coisas repletas da melancolia que eu vivia, ainda tinha muita gente que gostava. Ainda fazia sentido para alguém, ainda ajudou muitas outras pessoas.

Então entenda: o caminho se faz na caminhada. Você nunca vai estar PRONTO. Você vai se construindo conforme caminha, vai aprendendo, aperfeiçoando, mudando o jeito. E é justamente aí que mora a beleza da coisa. Se um dia você ficasse PRONTO, o que iria fazer para o resto da vida?

Curta o caminhar, a caminhada. E siga, mesmo quando o vento bater contra e você duvidar, siga. Nosso maior desafio na vida é fazermos algo de bom com a vida que nos foi dada. Bora?

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