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Os caminhos da vida

A gente por vezes se esquece na beira da estrada. A vida segue, os dias vão em uma sucessão de idas e vidas, altos e baixos, alegria e dor, e a gente se abandona na beira da estrada. Os pedaços que vão ficando de nós pelo caminho nos fazendo sentir incompletos, retalhados, imprecisos. Como se com o passar dos anos já não fossemos mais capazes de definir ou mesmo compreender quem somos.

Talvez os pedaços deixados sirvam para que possamos fazer o caminho inverso, reencontrar a essência das coisas, saber retomar e entender o que fomos e o que nos tornamos, o que somos em nossa verdade mais profunda, percebendo que no fim das contas são apenas mudanças, necessárias e inevitáveis. Sentir nunca é opcional, sentir faz parte das lições. Algumas tão dolorosas, outras uma brisa, um clarão, mas lições. Mudar é inevitável, melhorar é o que se busca, aparar as arestas do caminho. Onde a estrada leva é você quem pode determinar, mesmo quando parece que o caminho já está lá. O caminho se faz aos seus pés, basta que você dê os passos, um após o outro.

Lembre-se que há dias de luz e outros nem tão claros. Mesmo quando paramos a beira da estrada para avaliar o percurso, podemos sempre traçar novas rotas, novos rumos. Nada é definitivo e nem dura para sempre. Só não se abandone em definitivo, não se perca, que seja apenas um refúgio necessário. Quando estiver pronto, retome a caminhada em sua rota, ou em novas rotas, mas tenha a coragem de assumir o controle. Faça suas escolhas, cuide de si mesmo, saiba o que faz você feliz. Lembre-se de que é você o responsável por sua caminhada. A vida é feita de inúmeras possibilidades e a mudança está ao alcance das suas próprias escolhas.

“Quando somos abandonados pelo mundo, a solidão é superável.
Quando somos abandonados por nós mesmos,
A solidão é quase incurável”

Augusto Cury



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